Nas mãos de Waldez Góes, dispara a pobreza no Amapá
DISPARA POBREZA NO AMAPÁ; ESTADO PASSA O MARANHÃO E LIDERA RANKING NO PAÍS COM 56% DA POPULAÇÃO
Estudo do economista Daniel Duque, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), divulgada pelo jornal Valor Econômico, nesta quinta-feira, 26, mostra que o percentual da população pobre aumentou em 24 das 27 unidades da federação brasileira entre o primeiro trimestre de 2019 e janeiro de 2021. Entre os Estados, o Amapá lidera o ranking com 56% da população.
De acordo com o jornal, os cálculos foram feitos a partir de dados do IBGE, considerando a classificação de pobreza pelo Banco Mundial, de renda per capita de até US$ 5,50 por dia, ou cerca de R$ 450 por mês, com base na taxa de câmbio da paridade do poder de compra (critério que busca eliminar as diferenças de custo de vida, permitindo uma comparação entre países).
Em 2019, o Amapá tinha 51,4% da população pobre, enquanto que o Maranhão liderava com 54,9%. De acordo com o professor e sociólogo, Caio Isackson, além da pandemia o governo do Amapá desde 2015 reduziu de quase 20 mil para pouco mais de 4 mil o número de famílias beneficiadas com programas de transferência de renda, como é o caso do programa Renda Para Viver Melhor.
"O que observamos, que esses programas são potencializados em período de eleição. Hoje, o que temos é uma politica social desajustada com dificuldade de se pensar uma estratégia de encarar os efeitos. Numa situação de precarização que nós vivemos a partir da pandemia o Estado não teve uma dinâmica para abraçar essa parcela da sociedade. Faltou criatividade do governo", disse o sociólogo que também associa à demora da aquisição de vacinas por parte do governo federal e a quantidade em pequena escala. "Atrapalhou tudo. Além disso, esse assistencialismo de R$ 200 não ampara às famílias. Hoje, mal dá pra comprar um botijão de gás", analisa.
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