Randolfe vai coordenar campanha do Lula à presidência e desiste de candidatura ao governo do Amapá
"Para que o Amapá volte a crescer", Randolfe confirma que aceita convite de Lula para coordenar campanha presidencial
Em contundente discurso na tarde desta terça-feira (22), no Senado Federal, o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) comunicou a decisão de aceitar o convite do ex-presidente Lula para integrar sua coordenação de campanha ao Palácio do Planalto nas eleições de outubro.
Randolfe discursou por cerca de xx minutos e avaliou que o ano de 2022 será decisivo para o Amapá e para o Brasil.
"Afirmo que meu papel será muito mais útil nessa contenda em ajudar a construir um novo tempo para o Brasil, aceitando a convocação do presidente Lula, principalmente porque a superação desse atual tempo triste será fundamental para que o Amapá volte a crescer. São centenas de avanços que só se tornarão realidade após o fim do governo Bolsonaro.", disse na tribuna do Senado.
Em outro momento, o senador comenta:
"Tudo que sempre acontece na vida, tem o seu momento e o seu destino. Acredito que o tempo e o destino me determinou que serei mais útil a todos amapaenses daqui de Brasília apoiando a reconstrução e resgatando a esperança. Nós não escolhemos os tempos em que vivemos, a única escolha que fazemos é como reagir a eles".
*Governo do Amapá*
O parlamentar agradeceu o carinho que tem recebido dos amapaenses que o abordam e incentivam sua candidatura ao governo do Amapá.
Sobre a disputa local, Randolfe declarou que seus esforços serão também para manter a unidade dos partidos do campo democrático no estado.
"Para isso, humildemente, oferecemos o nome e a juventude de Lucas Abrahão para a candidatura ao governo. Trabalharei e sem arrogância e imposição procuraremos diálogos com o PSB, PT, PV, PCdoB, PSOL e MDB", destacou.
*Conjuntura local e nacional*
Randolfe comentou também sobre a importância da superação do governo Bolsonaro para que o Amapá volte a se desenvolver.
"A realidade do Amapá não mudará se também não mudarmos o Brasil, desde a batalha de 15 de maio de 1895 (data da Batalha na Vila do Espírito Santo, que levou posteriormente ao reconhecimento do Amapá como território brasileiro) e a criação do território federal em 13 de setembro de 1943, os nossos destinos estão umbilicalmente cruzados. Tal qual no passado em outubro de 2022, os destinos do Amapá e do Brasil se cruzam. Desta feita apontando para o futuro", declarou.
O senador apontou ainda sobre qual agenda o Amapá conseguirá avançar somente superando o atual governo.
"... só assim a PEC-07 da transposição será destravada; a pavimentação da BR será retomada e concluída; retornarão as entregas de conjuntos habitacionais; serão destinados recursos e apoio para a Universidade e para o Instituto Federal do Amapá; as nossas instalações portuárias vão ser ampliadas; serão realizadas obras que garantam a regularidade na oferta de energia; ..."
Por fim, o senador concluiu dizendo o seguinte:
"Nossa tarefa é reconstruir a terra arrasada! Sou um dos milhões que querem o Brasil de volta aos trilhos e, sobretudo, um novo tempo para o Amapá voltar a crescer, voltar a sorrir!"
*Discurso*
O parlamentar recordou suas ações em favor do Amapá nos últimos anos, como a aprovação das emendas constitucionais 79 e 98, que asseguraram o direito à transposição dos servidores do ex-Território Federal aos quadros da União; a atuação pela regulamentação da Zona Franca Verde de Macapá e Santana; a destinação de recursos para a construção de Unidades Básicas de Saúde (UBSs), escolas, pavimentação de vias, rodovias, além da construção de praças, feiras e pontos turísticos como o Mercado Central.
O senador dividiu em duas etapas sua relação com o governo federal durante o período de seu mandato. A primeira entre os anos de 2011 e 2018 e a atual de 2019 até o presente.
Na primeira etapa, Randolfe recordou de sua contribuição para a conclusão de obras como o Aeroporto Internacional de Macapá, conjuntos habitacionais, o Hospital Universitário, na Universidade Federal do Amapá e a inauguração da Ponte Binacional.
No segundo período, o parlamentar destacou que é quando o Amapá vive uma de suas piores crises sociais de sua história e que a situação se agrava.
Foram pontuados problemas como a falta de emprego, habitação, arrocho salarial e falta de perspectivas para o desenvolvimento do setor produtivo.
"Mais doloroso que os frios dados estatísticos é ver nas ruas, nos cruzamentos e nas periferias essa situação de penúria, ou constatar que os milhares de conterrâneos estão deixando a terra em que nasceram para buscar melhor sorte em outras paragens do Brasil, onde tenham pelo menos a capacidade de se sustentar", lamentou o senador.
Randolfe recordou ainda do apagão de energia elétrica que o Estado sofreu em novembro de 2022, em plena pandemia da Covid-19, para ilustrar a situação de descaso do governo com os amapaenses.
"O apagão de Bolsonaro provocou enormes prejuízos para as famílias e para os empresários, chegando a afetar a dignidade humana ao deixar 90% da população sem energia, sem água, sem telefonia, sem internet, sem combustível, sem conseguir sacar dinheiro em caixas eletrônicos, vendo apodrecer os alimentos armazenados, entre outras mazelas que uma situação dramática como esta provoca – e continua provocando, já que, desde novembro de 2020, não foram feitos os investimentos devidos na rede elétrica", disse Rodrigues.
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